segunda-feira, 11 de maio de 2009




Por que tanta complexidade? Dar voltas e voltas em busca de coisas grandiosas e não saber aproveitar o simples? Nunca entendi essa atitude humana. Correr atrás de algo grande, imenso, absurdamente demasiado e, ao fazê-lo, esquecer daquele simples abraço que, por ser tão esplêndido, durou mais do que o necessário; daquele simples sorriso que, por ser tão contagioso, se prolongou e transformou-se numa bela gargalhada. Daquele simples amor, tão simples que se tornou complexo. Parece que fomos feitos com um único objetivo: atingir o ápice do status social. Que infelicidade humana. Pensamento imaturo e egocêntrico. Até parece que chegar ao topo vai trazer felicidades para alguém que no pouco não soube ser feliz. E nesse processo anti-amor, anti-relacionamento, anti-vida, desviamos nossos olhares do que deveria ser o centro das atenções: o simples. Uma conversa que converte horas em meros segundos e, quando você menos espera, já passou da hora de ir dormir. Aliás. De acordar. Um beijo que pára o tempo, pára a tarde, pára tudo. Menos o coração. Um carinho que enfraquece os ossos, que baixa as pálpebras, que nos faz dormir o melhor dos sonos. Um segurar de mãos, tão esquecido pela sociedade moderna que, de se achar moderna, deixou passar um ato extraordinário onde duas mínimas partes de dois corpos diferentes têm a força de conectar a alma. Tudo simples. Meras ações, porém belas. Isso sim é que o homem deveria buscar, correr. Voar. Agarrar com todas as forças e nunca mais soltar. Como se o homem não soubesse que mesmo se chegar ao mais alto ponto da maior montanha e não tiver alguém ao lado para compartilhar esse momento, de nada adiantaria essa infeliz conquista. Porque...do que vale a felicidade se ela não puder ser repartida?

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